CONFERÊNCIA TERRITORIAL DE ATER - MATO GRANDE E SERTÃO CENTRAL LITORAL NORTE

     Como podemos construir uma sociedade melhor, se quando somos convocados, mesmo com sacrifícios, e estes além dos que já enfrentamos no nosso cotidiano, (deixamos pra lá, não damos a devida importância ao processo) temos que ocupar e participar, colaborar e contribuir na elaboração de ações, projetos, leis, normas, diretrizes que demonstrem o nosso desejo, anseio, necessidades, enfim, tudo aquilo que reclamamos nas ruas, nos lares, no botiquim, no bar, na roda de amigos, nas feiras, nas escolas, nas chácaras, sítios, no futebol, na igreja. Aquilo que reclamamos que os políticos que elegemos não fazem...e quando o fazem não solicitam nossa opinião, não consideram nossas idéias e propostas, relevam o nosso ponto de vista sobre os problemas e soluções dos quais somos os maiores conhecedores.
     Digo isto, por que se levarmos em conta a população dos Territórios MATO GRANDE E SERTÃO CENTRAL LITORAL NORTE, constataremos que a participação foi muito baixa, apesar que a diretriz da conferência dizia 160 pessoas, conseguiu-se 102 pessoas, onde destas grande parte foi embora após o almoço, o que fragiliza ainda mais o processo de construção de ATER, que já é insuficiente, deficitário, ineficiente, quase um faz de conta. Analiso por números relativos ao percentual do público que tem necessidade dos serviços, e pelo que é realizado, "mal e porcamente diante do quadro que se apresenta" material e financeiramente. 
     Claro que do dia pra noite não resolveremos este tão delicado problema, que nos remete a questão de segurança alimentar, saúde, pois depende da metodologia de produção adotada, entra o desenvolvimento do meio rural e sua sustentabilidade, com vida digna para a sua população e o próprio desenvolvimento dos municípios, pois se focassem neste ponto, diminuiriam a necessidade do ASSISTENCIALISMO, coisa que reclamam tanto e não planejam eliminá-lo..."deve-se aqui fazer um parentese e saber o porquê, pois acham que somos BURROS".
    Apesar do corte no orçamento da UNIÃO, alías, passaram o "motosserra" , aqui me remete a necessidade internacional para pagar rombos dos países com problemas financeiros, do que a realidade brasileira, contudo[Anunciam recorde de arrecadação], o PLANJAMENTO realizado pelos organizadores também foi, e digo com propriedade, deixou a desejar...ora não ter sala para os grupos, material como multimídia que muito teria contribuído para enriquecer o processo, as pessoas,  se não fosse pelo auxilio de alguns militantes da agricultura familiar e economia solidária, pareceriam baratas tontas no espaço do IFRN, com instalações consideradas modelo e não conseguimos usufruir...os critérios para seleção dos delegados para a estadual, completamente solto, afinal se é território, temos que verificar se há os aventureiros de plantão, entidades que atuam no território quase  ficam de fora do processo para a Estadual por que quando tem escolhas, atores e grupos que não aparecem ou aparecem esporadicamente nas reuniões territoriais, juntam-se para formar o que diria, conluios, lobe, arrumadinhos, alguns sem ciência do que ocorre  dentro do território, grupos que atuam isoladamente...enfim, apesar de todas as observações, fica o ALERTA para a ESTADUAL,  que estes percalços não se repitam, reduzindo o estresse dos organizadores e que estes podiam ter contado com o auxílio dos atores do Território, especialmente do MATO GRANDE, sempre dispostos a contribuir, se tivessem solicitado e nos incluído no processo de organização.
     Foi um dia apesar das limitações, construtivo, propostas foram apresentadas e ao final escolheu-se os delegados e delegadas para a CONFERÊNCIA Estadual de ATER.
    A Associação dos Produtores Agrícolas de Bebida Velha - APABV, tem duas delegadas, jovens da comunidade de Bebida Velha - Pureza/RN, concluintes do curso de Cooperativismo do IFRN campus João Câmara e um suplente {Bastos], que cedeu a titularidade para o Edmundo, representante da AACC, para que esta tão conceituada entidade, com atuação no Mato Grande ficasse de fora das proposições para construção de um novo modelo de ATER.
 Apresentação dos grupos de trabalho
 Muita atenção
 A sala era pequena e esta quente, como o nordeste...natural né, afinal agricultores trabalham ao sol...
 Anotações, apaga, reescreve e veio a aprovação e os encaminhamentos para a conferência Estadual...
 Delegadas para a Conferência Estadual: Heloisa, Alice, Adriele e a representante indigena que não anotei o nome...falha minha...Alice e Adriele são da Associação dos Produtores Agrícolas de Bebida Velha - APABV. Juventude rural, que representes os anseios da agricultura familiar e economia solidária dos Territórios do MATO GRANDE e SERTÃO CENTRAL LITORAL NORTE.

 A machadara teve que ir para escolhas segundo alguns critérios e descritérios...
 Ainda indefinido, vou eu vou...quero ir...
 Nosso brado retumbante, Edmundo(ao celular)...não queria mais participar
 É ao final da tarde veio aquele cansaço...
 Diálogo nos bastidores...
 Bastos, da APABV cedeu a titularidade para o nosso Edmundo, ficando na suplência para delegado...o Mato Grande terá uma voz ativa e crítica quanto ao processo de construção de uma política mais abrangente de ATER
Delegados e delegadas, titulares e suplentes...

     Que pese nos senhores, senhoras, senhoritas o grau da responsabilidade de representar um segmento da sociedade tão excluído, ou que não recebe a atenção e as políticas públicas necessária a uma vida digna, sem termos que recorrer a assistencialismo, tão recorrente em nossa região. Vamos construir propostas viáveis, não levando somente o economicismo em primeiro lugar. Vamos pensar em propostas que nos remetam a sonhar um futuro digno para nossa população, não estamos pedindo favores de "A" ou de "B", estamos querendo fazer valer nossos direitos de cidadãos e cidadãs do meio rural, que como dizem, somos tão importante ao processo de desenvolvimento do país, então porque os nossos representantes não correspondem com ações que nos favoreçam de verdade...
     É hora de dizermos chega...não queremos esmolas, nem arrumadinhos a grupos específicos, queremos políticas... "públicas" que possamos acessar e garantir o desenvolvimento: pessoal, familiar, comunitário, municipal e estadual através do trabalho, pois da forma que está, estamos sendo punidos, execradamente por políticas públicas desenhada para enriquecer meia dúzia de homens públicos ou privados que se prevalecem dos apadrinhamentos, dos conchavos, das falcatruas e da corrupção...
     Pensem senhoras e senhores, o que delegamos a vocês é mais que um voto de confiança, é o lumiar de um processo de renovação...e façam valer a nossa voz...e se tivermos que ir as ruas, gritar e dialogar com esses que se dizem nossos representantes, iremos...primeiro com educação e diálogo, senão através do protesto...passeata...mas é hora de fazermos valer nossas reivindicações.... 

José de Arimatéia Silva.

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