LAVOURAS CONSORCIADAS E INTEGRADAS

INTEGRAÇÃO DE CULTURAS...CONSORCIAMENTO...A NATUREZA AGRADECE...

Água potável, para seres humanos, animais e as plantas.


Nossos pais sempre esperaram a "vontade" ou o ciclo da natureza para plantar e colher os frutos que os alimentam. Sem imaginarem a riqueza que além de fluir superficialmente através de cacimbas e rios, o subterrâneo...

 E o conhecimento, também sempre foi limitado ao que se passava de geração em geração...o conhecimento empiríco, o modo de fazer da mesma forma...sem preocupação com melhoria...ou maior produção...
 Um exemplo legado pelos atuais proprietários é a cajucultura, em plena decadência os pomares não dão produção de qualidade...e nem quantidade...acabam por sucumbirem a ação da motoserra, transformando os cajueirais em lenha para abastecer fornalhas de padarias, cerâmicas...

O modelo monocultural a tanto praticado pelos nossos precessores, está ganhando outro formato pelos atuais proprietários...buscando conhecimento. Aqui entra a extensão universitária, que além de somente vir as comunidades, levam também estes atores e atrizes para dentro dela...para desenvolverem seus ideiais...seus potenciais...suas práticas...e sua busca por uma vida melhor...e com qualidade.
 Este não tão novo modelo, chamado consórcio de culturas se mostra uma ótima opção para a nossa comunidade...lavouras de bananeiras, que antes só plantavámos no alagadiço, agora está no arisco. Cajueiros, que não irrigavamos, agora em consórcio com macaxeira, batata, hortaliças, irrigadas com água da criação de tilápias...ou água do rio ou ainda, de poços artesianos...preconizam uma produção mais elevada.
 Tudo isto permite a criação também integrada pequenos animais: ovinos, galinhas...

O agricultor familiar através das políticas de acesso a crédito para o semiárido, possa planejar seu investimento, não o crédito pelo crédito...mas com idéias, projetos...e uma visão de futuro...não tão somente depender dos ciclos das chuvas...mas através do conhecimento, da tecnologia e do investimento, contribuir com a natureza, usufruindo do seu potencial de forma racional...e favor do bom desempenho...para uma vida com qualidade...em todas as suas dimensões...





Bebida Velha, no município de PUREZA vem aos poucos, devagar mas continuamente demonstrando que é possível transformar o "tabuleiro" e um oásis de produção agrícola, e por agricultores familiares...por agricultores que muito estiveram excluídos do olhar do poder publico.


Com apoio e aporte de recursos, mesmo que subsidiados, com apoio e acompanhamento técnico, com o aporte de conhecimento...com políticas públicas para quem realmente quer produzir, este modelo pode acabar com a necessidade intensiva de transferência de renda por programas que devem ser repensados...não somente a transferência...

Temos exemplos que ainda é possível pensar a produção agrícola com respeito a natureza...
 
 Devemos também nos proteger daqueles que ainda pensam somente no econômico financeiro.

Como tantas outras comunidades com potencial hidríco, a nossa está sofrendo com a especulação dos "estrangeiros" que compram a terra dos nativos por preços irrisórios criando um problema social...


Acreditamos que com parceria podemos fazer muito melhor. Se tivermos apoio do poder publico local, experiências como está pode contribuir para o desenvolvimento do município como um todo.


A cajucultura mesmo que timidamente está demonstrando que pode contribuir para a preservação do meio ambiente, ajudando a fixar o solo, ajuda a sombreá-lo, a repor matéria orgânica...dando, além destes retornos ambientais, a renda alternativa através da lenha das podas; do caju, da castanha, da florada que atrai as abelhas... 





 
 Por José de Arimatéia.






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