Hortifruticultura mais produtiva e sustentável no DF

A inauguração da primeira Unidade Demonstrativa de Cultivo Protegido com irrigação racional, localizada em Brazlândia, região administrativa do Distrito Federal, mobilizou cerca de 100 pessoas, entre produtores, técnicos e autoridades locais. O evento marcou o início de mais uma etapa do Programa HortifrutiBrasília, coordenado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Distrito Federal (SENAR-DF), em parceria com a Federação de Agricultura e Pecuária do DF – (Fape-DF) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE –DF).

Após o desempenho positivo da capacitação para o cultivo semi-hidropônico do morango na unidade piloto, o compromisso é disponibilizar mais nove unidades, que devem trabalhar com as culturas do tomate, pimentão, goiaba, abacate e maracujá. Com foco no melhor uso da água, o projeto visa à capacitação técnica dos hortifruticultores para produzir mais de forma econômica e ambientalmente sustentável.

Everaldo Firmino de Lima, superintendente do Senar-DF, ressalta as vantagens da abrangência educativa e vocação tecnológica das unidades. Segundo ele, a tecnologia utilizada no processo pode quadruplicar a produtividade e reduzir o uso da água em até 10 vezes, comparado ao cultivo convencional praticado na região.

“Nessa unidade foi implantado o cultivo semi- hidropônico e suspenso do morango. Há uma estrutura de estufa e de bancadas para o cultivo com calhas e sleb e um sistema de irrigação por gotejamento, todo automatizado que permite ao produtor reduzir em até 10 vezes o uso da água com uma produção de até quatro vezes mais. O principal objetivo é criar um cenário ideal para a capacitação, aplicar e desenvolver tecnologia nova para o produtor com foco na produção sustentável e uso da água. E que a unidade sirva de vitrine para o produtor avaliar se é viável ou não, com análise de custo de implantação e retorno de capital investido, proporcionando mais renda e bem estar na produção”, comenta.

Também em busca de indicadores de eficiência, eficácia e economicidade, a expectativa do Senar-DF é investir melhor os recursos aplicados nos treinamentos, oferecendo cursos mais duradouros e modulares para avaliar e acompanhar de perto a implantação prática das técnicas pelos agricultores.

Engenheiro agrônomo e Técnico do Senar -DF, Thiago Tadeu Campos, destaca que o lema da entidade é “aprender fazendo”, e conta que cerca de 80 profissionais já foram capacitados na unidade inaugurada recentemente. E de acordo com Thiago, a meta é alcançar 1000 produtores ao longo do próximo ano. 

“Esse formato promove uma capacitação continuada, além de estarmos ampliando, replicando ou desenvolvendo tecnologias. Então o impacto para o produtor será muito grande porque vai oportunizar a ele passar por todos esses módulos. Essa é a grande diferença entre dar treinamentos pontuais em cima da atividade que ele já desenvolve e as unidades demonstrativas”, conclui.

Everaldo revela ainda que o treinamento na unidade já observou os módulos: Cultivo de morango semi-hidropônico; Montagem de estufas; Aproveitamento e uso da água; Irrigação por gotejamento; Continuidade de cultivo semi-hidropônico; Nutrição do Morango e Manejo integrado de pragas e doenças do morango.

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