REUNIÃO APABV - JUN 18
REUNIÃO MENSAL DA APABV
Aos nove dias do mês de junho de dois mil e dezoito, reuniram-se os
associados/as da APABV, na sede da associação (Telecentro), na comunidade de
Bebida Velha, zona rural de Pureza/RN, ás 19:00h para dialogar, discutir,
debater e fazer encaminhamentos sobre os assuntos abaixo descritos. A
presidente deu o boa noite de praxe e as boas vindas, abrindo a reunião com a
construção da pauta junto com os presentes. Haverá alguns assuntos que serão
abordados no sentido de informes, a exemplo encontros, seminários ou reuniões
que alguns associados/as participaram representando a APABV.
Ceiça iniciou
relatando a participação no IV Encontro Nacional de Agroecologia – ENA, que
aconteceu em Belo Horizonte – MG, embora tenha ido como integrante do Conselho
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA, falando sobre a riqueza
das experiências lá apresentadas – agroecologia, agricultura familiar, ações de
sensibilização política de fortalecimento. No encontro também ocorreu a
assembleia da associação programa 1 milhão de cisternas - AP1MC, da Articulação
do Semiárido – ASA, que elegeu a nova diretoria nacional. Um mundo de ações em
experiências quanto a produção que não utiliza os agrotóxicos/químicos, cujo os
quais os brasileiros são campões mundiais de consumo “per capita”. Houve um
debate sobre o uso de agrotóxicos nas lavouras por agricultores na comunidade,
que alegando falta de mão de obra, se utilizam destes adventos para o combate
as ervas daninhas. Entretanto, os danos não são perceptíveis, a exemplo:
contaminação da água do rio e o próprio produto cultivado.
Marcos falou do
encontro NE da Rede de Mobilizadores – COEP, onde apresentou um projeto de
recuperação da mata ciliar da nascente do rio tatu, assim como a proposição da
recuperação da mata ciliar nas margens do rio. Nesse sentido, Marcos também
falou do curso EAD, sobre gestão de associações que está disponível no SITE do
COEP e que todos podem fazer. No encontro também foi discutido sobre a atual
conjuntura política e econômica que passa o país, cuja situação se reflete
diretamente no desmonte de políticas voltadas para o social, a redução de
investimentos nessas áreas o que aumenta a fragilidade e o estado de
vulnerabilidade de muitas comunidades pelo Nordeste principalmente. O COEP
também está com um projeto que visa integrar os alunos do ensino fundamental
para o debate sobre a sua comunidade, conhece-la para entender suas
necessidades e propor possíveis ideias para a superação de problemas
cotidianos. Marcos fara um diálogo com a diretora da escola para explicar o
projeto e se há interesse da comunidade escolar de participar. Marcos também
falou sobre o Banco Comunitário – BCP, sobre o funcionamento e apresentou os
números de empréstimos realizados no mês e também que temos dois casos de
inadimplência que estão requerendo um cuidado. Arimatéia falou sobre o Projeto
Economia Solidária RN – ECOSOL RN, que os equipamentos apontadas no plano de
investimento da associação, já estão sendo entregues pelos fornecedores e que
no mais atardar (previsão) em julho os mesmos começarão a serem entregues pela
SETHAS. Lembrou ainda que o projeto é uma parceria da extinta Secretaria Nacional
de Economia Solidária – SENAES com a Secretaria do Trabalho, Habitação e
Assistência Social – SETHAS. O projeto teve algumas etapas como assessoria aos
empreendimentos, formação e capacitação em temas relacionados com a economia
solidária, produção e comercialização coletivas, palestras, seminários e
investimento nos Empreendimentos Econômicos Solidários – EES, visando seu
fortalecimento. Apesar da demora no investimento, o mesmo está se consolidando.
O projeto também está com a meta de apoio a grupos de juventudes, formais e não
formais em andamento.
Arimatéia também falou sobre um seminário sobre
juventudes, políticas públicas e democracia a ser realizado no dia 26/06/18,
pelo LABRURAL da UFRN. Neste sentido, propôs que fossem 2 jovens da comunidade
e 2 da associação, sendo dois rapazes e duas moças. Haverá um carro para levar
os participantes que também contará com o almoço no evento. Marcos fará a
indicação dos interessados/as. Também foi falado sobre o contato do Dedé Luz do
Projeto Governo Cidadão, que solicitou a regularização da conta bancária,
sinalizando que o mesmo pode ser conveniado em breve. Este projeto trata da
implantação de uma unidade de beneficiamento de pescado pela Coopabev, sendo
80% dos recursos via Banco Mundial e governo do Estado do RN e 20%
contrapartida da cooperativa. Sobre a assinatura do Programa Nacional da
Alimentação Escolar - PNAE em Pureza, Arimatéia informou que está assinando o
contrato e que logo a prefeitura fará os primeiros pedidos. Junio,
representando a cooperada Ruth, fez uma proposição no sentido de não ficarmos
só com as compras governamentais, mas procurar outros mercados, citando o
exemplo da fábrica de tecidos Guararapes e Coteminas, ambas têm um grande
número de funcionários/as e que tem refeitório. Arimatéia disse que sozinho não
iria até estes possíveis mercados, entretanto tendo a companhia de um deles
(Junio e Ivanildo) ficaria mais fácil o contato. Outro ponto é a elaboração de
um catálogo de produtos da cooperativa, no sentido de apresentar aos possíveis
clientes. Junio ficou de informar o melhor dia para tal. O IFRN está novamente
fazendo o levantamento da produção das associações e cooperativas para elaborar
a chamada pública visando a aquisição dos produtos da agricultura familiar.
Marcos e Eliete falaram sobre a visita de um grupo de alunos do IFRN campus
Zona Norte de Natal. Os alunos acompanhados pela Prof.ª Denise, estiveram no
viveiro de Tilápias, cuja água residual dos tanques é reaproveitada na
irrigação de culturas como a banana e a macaxeira, onde Bastos esteve
explicando o ciclo de criação das tilápias. Em seguida visitaram o Banco
Comunitário, sendo recebidos por Eliete e Adriele que mostraram como o Banco
foi implantado na comunidade, sobre a moeda social “cristalina”, sobre as
linhas de empréstimos e como se dá a relação comunidade e banco comunitário com
a circulação da cristalina no comércio local. Aqui houve uma ressalva em
relação a fragilidade de domínio de conhecimento e da disponibilidade dos
associados/as de estarem realizando está atividade de recepcionar os
visitantes, considerando que: Ceiça estava viajando; Marcos estava doente;
Alice estava em consulta médica; Arimatéia não tinha disponibilidade, Adriele
alegou não saber da atividade e outros não se dispuseram. É preciso maior
engajamento e participação nas atividades da APABV, cuja qual Arimatéia sempre
vem frisando “não podemos deixar concentrar conhecimento na mão de uma ou duas
pessoas, mas que os associados/as, devem estar participando efetivamente das
atividades e com domínio sobre o que fazem, tornando automático a fala, onde
quer que esteja e tenha que falar sobre as ações da APABV”. Ceiça explicou que
foi dada uma declaração a AACC, visando participar de um projeto a ser
apresentado a PETROBRAS, cujo o qual visa desenvolver, com foco nas mulheres:
agroecologia, tecnologias sociais, quintais produtivos e reuso de águas. Iranir
levantou o assunto Festa das Crianças, onde indagou se faremos ou não a festa
que tem se tornado um marco da atuação da APABV com parceiros locais e até de
outros lugares, a exemplo do grupo de motociclistas de Natal. Neste sentido
foram colocados alguns pontos de vista e opiniões, relembrando que na reunião
de novembro de 2017, foi feito uma avaliação sobre a festa onde alguns gargalos
e problemas foram levantados. Arimatéia disse que há uma necessidade de se
planejar melhor, organização das atividades, organização e distribuição das
tarefas, ações e colaboração de cada participante da equipe a exemplo: captação
de recursos e materiais, doações, a organização do local e o que cada
participante fará no momento do evento. O ponto que ficou definido é que a
festa será realizada e no próximo mês (julho) deve-se iniciar o planejamento e
a distribuição das tarefas de captar os recursos. Eduardo (Dudu) fez uma
proposição no sentido de renovar os pomares de frutíferas na comunidade,
explanando sobre a idade dos cajueiros que ainda restam, as mangueiras, as
mangabeiras que estão sendo devastadas para dar lugar a plantas de ciclo
rápido. Arimatéia deu os parabéns e disse que isto casa com a visão que cada um
de nós temos sobre a comunidade e há uma necessidade urgente de começarmos a
trabalhar esse apontamento, até mesmo visando a continuidade da produção
agrícola local, desenvolver um projeto ou programa que permita aos
agricultores/as familiares da comunidade renovar seus pomares. Assim, tendo
vencido a pauta e todos/as dados por satisfeitos com os encaminhamentos,
encerramos a reunião.
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