PARQUES EÓLICOS NO MATO GRANDE - VENHA PARTICIPAR E DEBATER
Não
podemos deixar de"notar" as mega usinas de geração de energia a partir
dos ventos que cortam a região. A Eólica é uma realidade da qual a
região do Mato Grande não fez parte das discussões de implantação ou sobre as instalações e
também da forma de ocupação do espaço e a interferência na maneira de
vida dos indivíduos.
A relação das empresas ali instaladas com as
comunidades locais, é de exclusão, pois não se pode entrar nos campos e
junto aos aerogeradores "talvez por questão de segurança", mas a forma de
como as indenizações; as compras de terras; os contratos de
arrendamento e uso do espaços, aconteceram a ermo, e de acordo com poucos privilegiados "informações" estratégicos que minavam qualquer resistência utilizando-se da necessidade criada pelas condições locais, cooptando através do dinheiro, e apossaram-se ou tornaram-se donos de vastas áreas de terras...o latifundiário moderno...em nome do capital estrangeiro com o aval nacional...o povo que se contente com alguns trocados advindos do que chamam de responsabilidade social...
Há os que digam que é o desenvolvimento, aliás é fato inegável, mas afinal, para quem vai as riquezas geradas,
quais beneficios trarão para a região esse "desenvolvimento"??
Na conferência de Desenvolvimento
Rural Sustentável e Solidário do Mato Grande o assunto veio a tona...e
algumas proposições estão em construção...
Em 2012, o Brasil produzia cerca de 1.200 megawatts oriundos da energia
eólica, correspondendo a 0,6% de participação no sistema elétrico
nacional. 46 parques eólicos estavam ativos nesse período, em todo
território nacional. Outros 140 novos empreendimentos deverão estar em
operação até o final de 2013. Assim, passaremos a produzir cerca de 5
mil megawatts, passando para 4,2% de participação no sistema elétrico
nacional.
Há ainda um grande potencial produtor para a energia eólica no Brasil,
mas que exclui determinados segmentos produtivos e sociais. Mesmo
estando em locais apropriados para a atividade, as áreas de reforma
agrária ainda não são utilizadas na produção de energia eólica por
impedimento legal.
Visando modificar esse cenário e promover a inclusão dos beneficiados da
reforma agrária e agricultores familiares na cadeia produtiva dessa
nova matriz energética, criamos um momento de debates, denominado
SERAPAF - SEMINARIO ESTADUAL ENERGIA RENOVAVEL EM ASSENTAMENTOS DE
REFORMA AGRARIA E PROPRIEDADES DA AGRICULTURA FAMILIAR – para que essas
discussões possam ocorrer com a participação dos diversos segmentos
envolvidos no tema.
A intenção é, a partir dos debates, construir instrumentos legais e
legítimos que promovam essa inclusão e iniciem uma rede de debates e
proposições sobre energia renovável nos assentamentos.
Data | Horário | O que | Quem |
1º dia 26/07 |
9h | Abertura | Autoridades convidadas e participantes |
10h | Painel: Cenário e tendências com a produção de Energia Eólica | Jean-Paul Prates - Diretor-Presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia - CERNE Fernando Mineiro - Deputado Estadual PT/RN – Comissão de Energia da AL/RN |
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13h30 | Desafios e perspectivas para as áreas de reforma agrária a partir da implantacão de parques eólicos | Roberto Kiel - Assessor da Presidência do INCRA Adhemar Lopes de Almeida - Secretaria Nacional de Reordenamento Agrário - MDA Paulo Teixeira - Deputado Federal PT/SP |
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15h30 | Microgeração, Abastecimento e Eletrificação | Diogo Azevêdo Cruz - Diretor Setorial de Energia Solar Fotovoltaica - CERNE | |
2º dia 27/07 |
08h30 | Processo de organização documental de propriedades para instalação de parques eólicos - relato de experiência | Cesar Giovani de Almeida - Diretor do Departamento Fundiário da Almeida Prestação de Serviços |
09h30 | Os impactos dos parques eólicos na Agricultura Familiar | Gilberto Silva - Assessor da Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Norte – FETARN José Rodrigues Sobrinho - Central Única dos Trabalhadores – CUT Edmilson Lima - Movimento de Libertação dos Sem Terra – MLST Jucenilson Angelo de Oliveira - Movimento dos Sem Terra - MST |
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11h | Leitura, aprovação das propostas e encaminhamentos | Coordenação do SERAPAF | |
12h | Almoço |
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